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Espaço de diálogo e socialização das diversas iniciativas realizadas no âmbito de ações e projetos da Universidade Federal do Pará, dando visibilidade aos movimentos de mudança e alargando para novas idéias e laboratórios de criatividade e cidadania. Pretende-se construir um ambiente interativo de partilha, que permita a disseminação de uma cultura da sustentabilidade, economia solidária e responsabilidade social.

sábado, 25 de junho de 2011

Diga NÃO ao copo descartável: faça a sua parte!

Temos informações suficientes dos danos econômicos e ambientais dos resíduos descartáveis, notadamente os “copos” que infestam nosso cotidiano. Os prejuízos dessa cultura perdulária são internalizados por toda a sociedade, pois a fabricação desses copos derivados do petróleo representa grandes emissões de carbono e outros gases que aumentam o aquecimento do planeta.


“Só nos EUA, a fabricação, o transporte e a reciclagem desses materiais produzem gases que se equiparam aos de uma frota de 1,3 milhão de carros durante um ano. Sem contar que cada copinho pode levar mais de 100 anos para se decompor na natureza. Mesmo que o copo jogado fora vá para o lixo reciclável, existem opções melhores, que contribuem para que o volume de lixo gerado desnecessariamente seja menor. As canecas são boas alternativas, certamente gerando impacto bem menor ao meio ambiente.


Para atenuar esse desperdício bastam algumas atitudes simples:


“Deixe uma caneca na mesa onde você trabalha ou estuda e tome água nela toda vez que tiver vontade. Empresas podem estimular a prática entre os funcionários. Se cada um levar a sua, a redução no gasto com copos plásticos já será considerável. Se no local onde você trabalha não há esse incentivo, comece por vontade própria. Carregue na bolsa ou mochila uma garrafinha de água. Mesmo que seja de plástico, você pode usar a mesma por muito tempo, sem precisar jogar fora” (http://super.abril.com.br)


"Seja a mudança que vc quer ver no mundo" - Mahatma Gandhi


Usando criatividade e senso de responsabilidade social, cada um pode fazer a sua parte. Vamos fazer essa mudança na UFPA!


Abaixo algumas idéias de canecas, com logo do nosso Blog.



(Clique nas imagens para ampliá-las)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ação conscientiza contra o uso excessivo de copos descartáveis

O que podemos fazer para melhorar o mundo? Um exemplo simples é reduzir o consumo de copos descartáveis. Cada copo descartável que usamos para beber água ou café demora até 450 anos para se decompor no meio ambiente e, no Brasil, apenas 16,5% deles são reciclados.


Para tentar diminuir o uso excessivo de copos descartáveis na Universidade Federal do Pará (UFPA), o Projeto “Terceira idade na Amazônia: arte e cultura” promoveu na manhã desta terça-feira, 21, uma ação de conscientização sobre estes objetos.“Queremos sensibilizar os participantes do Projeto e as comunidades internas e externas da Universidade sobre os problemas gerados pelo uso de copos descartáveis.


Problemas que podem ser evitados se cada um trouxer de casa seu próprio copo”, explica Erika Matos, estudante de Turismo da UFPA e integrante do Projeto. Em todas as reuniões do Projeto “Terceira idade na Amazônia: arte e cultura” não se usam copos descartáveis. A ação é continua, “sempre colocamos cartazes e fazemos campanha boca a boca sobre o tema”, conta a estudante.Além de ações de educação ambiental como esta, o Projeto disc ute vários temas, como reciclagem, artes e cultura, além de direito e empreendedorismo.


Como integrante da Universidade da Terceira Idade (Uniterci), a ação é voltada para idosos e, a cada semestre, recebe 25 novos participantes. “Nos reunimos duas vezes por semana no Espaço ITEC Cidadão. Entre as atividades de que os idosos mais gostam, está o artesanato, que também é uma forma de reciclar materiais e de aumentar a renda dos participantes”, explica Karine Monteiro, estudante de Serviço Social da UFPA e integrante da Uniterci.Para os participantes do “Terceira idade na Amazônia: arte e cultura”, além do aprendizado, o Projeto promove a socialização entre os idosos.


“Nós conhecemos muita gente e, quando vamos para outros projetos, sentimos falta das colegas. Tem dias que chegamos aqui tristes, mas sempre saímos alegres”, conta Deuzarina Barbosa, de 83 anos. Maria de Souza, de 61 anos, conta que sente o mesmo em relação a todos os projetos da Uniterci. “Só este semestre, estou fazendo arte, informática e pintura em tecido e ainda quero cursar algumas disciplinas [da graduação] no próximo”, planeja.O Projeto da Uniterci vem sendo realizado por meio de parceria com o Instituto de Tecnologia, responsável pelos bosques do Campus Profissional da UFPA. A proposta, no segundo semestre, é ofertar, além de artesanato, oficinas sobre plantas medicinais, ampliando as ações em favor dos valores regionais, a partir da implantação de um jardim da saúde.



Uniterci - A Universidade da Terceira Idade é um projeto de extensão da UFPA que mantém seis subprojetos e desenvolve atividades de artes, educação, esporte e lazer para maiores de 60 anos, além de estar vinculado a pesquisas acadêmicas sobre o envelhecimento na Amazônia. Em setembro deste ano, o Uniterci completa 20 anos de funcionamento. Apenas o Projeto de “Terceira Idade na Amazônia: arte e cultura” já atua há dez anos na região e já atendeu mais de 200 idosos.



Serviço:



Projeto “Terceira Idade na Amazônia: arte e cultura” – Uniterci


Arrecadação de plantas ornamentais - Solicita doações de samanbaias, bromélias, orquídeas, ervas medicinais etc. para ornamentar o espaço ITEC criativo.


Voluntários - Também convoca todos que desejam ser voluntários nas atividades do Projeto.



Informações: convivência@ufpa.br / (91) 3201.7945



Texto: Glauce Monteiro – Assessoria de Comunicação da UFPA


Fotos: Karol Khaled













segunda-feira, 20 de junho de 2011

Semana do Meio Ambiente Rende Frutos

Foi muito produtiva a Semana do Meio Ambiente deste ano. De um modo geral, serviu para integrar diferentes setores e experiências vivenciadas na UFPA, juntamente com parcerias e público externo. Em tempos de “individualismos” e “fragmentações”, na esteira do ethos neoliberal, a afirmação de uma identidade coletiva moldada a partir de valores comuns, faz renascer a esperança de um mundo com mais solidariedade, responsabilidade e sustentabilidade. Como ferramenta de governança institucional, o Blog vai continuar dando visibilidade as iniciativas, empreendimentos e projetos da comunidade universitária como um todo.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sustentabilidade e cuidado: um caminho a seguir

Há muitos anos, venho trabalhando sobre a crise de civilização que se abateu perigosamente sobre a humanidade. Não me contentei com a análise estrutural de suas causas, mas, através de inúmeros escritos, tratei de trabalhar positivamente as saidas possíveis em termos de valores e princípios que confiram real sustentatibilidade ao mundo que deverá vir. Ajudou-me muito, minha paricipação na elaboração da Carta da Terra, a meu ver, um dos documentos mais inspiradores para a presente crise. Esta afirma:”o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal”.

Dois valores, entre outros, considero axiais, para esse novo começo: a sustentabilidade e o cuidado.

A sustentabilidade, já abordada no artigo anterior, significa o uso racional dos recursos escassos da Terra, sem prejudicar o capital natural, mantido em condições de sua reprodução, em vista ainda ao atendimento das necessidades das gerações futuras que também têm direito a um planeta habitável.

Trata-se de uma diligência que envolve um tipo de economia respeitadora dos limites de cada ecossistema e da própria Terra, de uma sociedade que busca a equidade e a justiça social mundial e de um meio ambiente suficientemente preservado para atender as demandas humanas.

Como se pode inferir, a sustentabilidadae alcança a sociedade, a política, a cultura, a arte, a natureza, o planeta e a vida de cada pessoa. Fundamentalmente importa garantir as condições físico-químicas e ecológicas que sustentam a produção e a reprodução da vida e da civilização. O que, na verdade, estamos constatando, com clareza crescente, é que o nosso estilo de vida, hoje mundializado, não possui suficiente sustentabildade. É demasiado hostil à vida e deixa de fora grande parte da humanidade. Reina uma perversa injustiça social mundial com suas terríveis sequelas, fato geralmente esquecido quando se aborda o tema do aquecimento globl.

A outra categoria, tão importante quanto a da sustentabilidade, é o cuidado, sobre o qual temos escrito vários estudos. O cuidado representa uma relação amorosa, respeitosa e não agressiva para com a realidade e por isso não destrutiva. Ela pressupõe que os seres humanos são parte da natureza e membros da comunidade biótica e cósmica com a responsabilidade de protege-la, regenerá-la e cuidá-la. Mais que uma técnica, o cuidado é uma arte, um paradigma novo de relacionamento para com a natureza, para com a Terra e para com os humanos.

Se a sustentabilidade representa o lado mais objetivo, ambiental, econômico e social da gestão dos bens naturais e de sua distribuição, o cuidado denota mais seu lado subjetivo: as atitudes, os valores éticos e espirituais que acompanham todo esse processo sem os quais a própria sustentabilidade não acontece ou não se garante a médio e longo prazo.

Sustentabilidade e cuidado devem ser assumidos conjutamente para impedir que a crise se transforme em tragédia e para conferir eficácia às praticas que visam a fundar um novo paradigma de convivência ser-humano-vida-Terra. A crise atual, com as severas ameaças que globalmente pesam sobre todos, coloca uma improstergável indagação filosófica: que tipo de seres somos, ora capazes de depredar a natureza e de por em risco a própria sobrevivência como espécie e ora de cuidar e de responsabilizar-nos pelo futuro comum? Qual, enfim, é nosso lugar na Terra e qual é a nossa missão? Não seria a de sermos os guardiães e e os cuidadores dessa herança sagrada que o Universo e Deus nos entregaram que é esse Planeta, vivo, que se autoregula, de cujo útero todos nós nascemos?

É aqui que, novamente, se recorre ao cuidado como uma possível definição operativa e essencial do ser humano. Ele inclui um certo modo de estar-no-mundo-com-os-outros e uma determinada práxis, preservadora da natureza. Não sem razão, uma tradição filosófica que nos vem da antiguidade e que culmina em Heidegger e em Winnicott defina a natureza do ser humano como um ser de cuidado. Sem o cuidado essencial ele não estaria aqui nem o mundo que o rodeia. Sustentabilidade e cuidado, juntos, nos mostram um caminho a seguir.


Leonardo Boff
Teólogo/Filósofo



segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ética Planetária para uma Era Planetária: Criatividade e Mutação Cultural

reproduzo abaixo o excelente artigo de Sofia Vilarigues que gentilmente colocou nosso link no seu blog


Alberto Teixeira


Pela primeira vez, na história humana, o universal tornou-se uma realidade concreta”, afirma Edgar Morin.

Esta é uma realidade que se sente no nosso dia-a-dia, nas comunicações via Internet, com as redes sociais, nos impactes e abrangência de questões ambientais e sociais sentidos (e pressentidos), nas notícias partilhadas, nas reacções organizadas.

É também o que defendem cientistas como Prigogine, que afirma em “A Nova Aliança”: “No momento em que, sem dúvida, pela primeira vez na nossa história, esta comunidade se refere explicitamente à Terra inteira, no momento em que, como se sabe, as nossas sociedades desestabilizadas se aproximam de um ponto de bifurcação, é bom que as ciências da natureza contribuam para lembrar esta verdade: contrariamente às sociedades animais, as sociedades humanas podem assumir as suas finalidades. O futuro não é dado”.

Nesta Era Planetária, em que orientação nos encontramos, do ponto de bifurcação que se desenha?

Cenários de um desafio radical

“Estamos mais perto do colapso do que do desenvolvimento sustentável. Se o curso do mundo continuar como se encontra actualmente, com o império do curto prazo a dominar as decisões individuais e colectivas, então será o naufrago da história e não a sua continuidade, com novo vigor, aquilo que o futuro nos reservará, com um elevado grau de certeza”, sintetizou o ecologista Viriato Soromenho-Marques no seu “Metamorfoses”.

É deste modo que a globalização actual nos remete para o desafio mais radical lançado à condição humana. Ante a perspectiva do colapso global, em que emerge uma crise radical e global da nossa identidade e da nossa capacidade de continuarmos a habitar a Terra, estamos obrigados a pensar e criar futuros, a assumir a nossa comunidade de destino, a repensar os princípios e os valores fundamentais que como civilização nos norteiam.

A actual crise planetária coloca-nos, assim, face a amplas e exigentes possibilidades de transformação.

Desenham-se dois cenários, conforme defende (também) Ervin Laszlo: um de viragem e outro de tragédia. Tragédia seria insistir na trajectória da mundialização económica, mais ou menos aperfeiçoada, da sociedade da ordem estabelecida. O capitalismo, geralmente, procura superar as situações caóticas mediante a intensificação da exploração, com a violência e pelo recurso à guerra. Outro cenário seria o da mutação através das viragens viáveis. Para a imperativa viragem global requere-se o desenvolvimento de “um novo modo de pensar, com novos valores e um novo estado de consciência”, defendeu Ervin Laszlo no seu “Virage Global”. A actual crise constitui, desde já, uma especial e grandiosa oportunidade para a invenção de um novo paradigma e de uma nova racionalidade para governo dos próximos progressos da Humanidade.

Fazem-se sentir, mais do que regulações novas, imprescindíveis e urgentes alternativas.

Ética Planetária

A transformação do mundo poderá encaminhar-se para a configuração de uma nova civilização nascida de uma racionalidade alternativa à moderna racionalidade de cariz mecanicista, de submissão da natureza e da natureza do homem, reorientadora para uma humanidade e para um planeta viáveis. A emergência dessa racionalidade, divergente da lógica ainda predominante, implica uma ruptura com o sistema actual de valores, com a visão do mundo e com os estilos de vida que lhe estão associados.

As transformações dos valores e do estado de consciência associam-se a uma muito maior e mais profunda percepção da responsabilidade face a todos os domínios da existência. O que (também) significa a adopção de uma Ética Planetária, de uma Ética da Responsabilidade por toda a biosfera, apta a nos inspirar uma praxis com incumbências na esfera pessoal, profissional e política na nossa existência. Implica novos registos comportamentais, uma mutação cultural, com transformação dos valores e das atitudes, das aspirações e dos costumes partilhados.

A Ética Planetária assim considerada, para uma época como a nossa, não pode ser confundida com a imposição de um determinado sistema ético, referente a uma doutrina do comportamento moral. Trata-se, mais precisamente, da necessidade de um “ethos”, não de uma doutrina ou de um sistema, mas muito mais de uma atitude básica e fundamental de um ser humano que influencia todo o agir.

Importa projectarmos um “ethos” que seja, realmente, expressão da globalização e da planetização da experiência humana, assentando sobre uma nova sensibilidade, o “pathos”, estruturador de uma nova plataforma civilizatória”, conforme defende Leonardo Boff no seu “Ethos Mundial”.

O modo como esse “ethos” básico deverá concretizar-se dependerá da diversidade e da pluralidade das culturas, dependerá dos diferentes projectos assumidos por cada povo. A partir do “ethos” da responsabilidade, a partir dessa Ética Planetária, com a marca das diferentes tradições humanas é que se poderão contextualizar as diferentes morais concretas.

Diversidade, criatividade e mutações

A diversidade de culturas, na sua interacção permitida por esta Era Planetária, parece-nos assim, a base necessária a novas formas de racionalidade, na sua emergente complexidade, da comunidade Terra.

Se pensarmos, como Edgar Morin, que “a cultura é, no seu princípio, a fonte geradora/regeneradora da complexidade das sociedades humanas”.

E que, como defende Ervin Laszlo, neste actual ponto de bifurcação são possíveis novas emergências. Abrangendo, estas, maiores níveis de organização e complexidade estrutural, outro grau de entropia específica, uso mais efectivo de informação e maior eficiência energética, maior dinamismo e autonomia, flexibilidade e criatividade.

Podemos avançar que, uma sociedade global, em que a diversidade cultural se cruza em interacção, é efectivamente possível um salto ao nível da complexidade e de organização.

Se pensarmos, ainda, na perspectiva sistémica oferecida por Niklas Luhmann, que teorizou a sociedade como um sistema autopoiético, ou seja auto-criador, de comunicação, confirmam-se estas perspectivas. Para este autor, a evolução da sociedade surge pela forma como a comunicação permite a evolução da quantidade e selecção de informação no interior do sistema social, a partir do exterior que o rodeia. Não nos podemos impedir, assim, de avançar que, com as novas formas de comunicação possível, pelas actuais tecnologias e partilha das diversidades culturais, se potenciam novas emergências, ao nível do sistema social, na sua complexidade.

E o que pode alimentar, de forma mais evidente, essa comunicação e diversidade, necessária à mutação cultural, à emergência de um novo paradigma racional, um novo pensar da natureza e da natureza humana, das suas interrelações, de um agir ético nesta Era Planetária, não será, desde logo, a criatividade dos indivíduos e grupos? Não será uma criatividade a potenciar pelas sociedades que as nossas formas de pensar e agir criam e recriam?

Sofia Vilarigues e Edgar Silva – Autores de “Pontes de Mudança: Sociedades Sustentáveis e Solidárias”

Aqui fica também no nosso blogue o artigo publicado na Revista Sina
(na secção de OPInião), o primeiro de um intercâmbio em desenvolvimento, das Cirandas em que nos encontramos.


PRONUNCIAMENTO DA MINISTRA ISABELLA TEIXEIRA NO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

Vamos celebrar a data convidando os brasileiros para juntos pensarmos na questão do lixo, um dos mais graves problemas ambientais do Planeta.


Nossa proposta é envolver todos os cidadãos na busca por soluções que evitem que os resíduos sejam descartados em lixões a céu aberto, contaminando solos, rios, córregos e mares, provocando doenças e prejuízos para o meio ambiente.


A destinação incorreta do lixo nas cidades, por exemplo, entope bueiros, agravando as enchentes que têm resultado em várias tragédias nas cidades no período de chuvas.


O Brasil produz por dia mais de 183 mil toneladas de lixo urbano. Mais de um milhão de pessoas trabalham e sobrevivem da reciclagem desse lixo. Mesmo assim, grande parte dessa riqueza vem sendo desperdiçada. O Brasil deixa de ganhar 8 bilhões de reais anualmente por não reciclarmos tudo o que é possível.


O primeiro passo para mudar essa realidade é começarmos a pensar no que jogamos fora diariamente. Junto com as sobras de alimentos, descartamos também vários tipos de embalagens, latas, garrafas e outros objetos que poderiam ser reaproveitados. Chegou o momento de mudarmos essa situação.


A primeira tarefa a ser feita é começarmos a separar dentro de casa o lixo úmido, como restos de alimento, do lixo seco, como embalagens, latas, papéis.


O lixo deve ser separado mesmo que em sua cidade o serviço de limpeza urbana acabe misturando os dois tipos de resíduos. A simples atitude de separar o lixo facilita o serviço dos catadores, que são os grandes parceiros para a promoção da reciclagem, e o lixo deixa de ser lixo!


O trabalho desenvolvido pelos catadores poupa recursos naturais, reduz os gastos do governo com o sistema de limpeza, aumenta a vida útil dos aterros sanitários e incrementa a cadeia produtiva das indústrias recicladoras com geração de trabalho.


A partir de 2014, os lixões a céu aberto serão proibidos. Com essa proibição, os municípios serão obrigados a separar os resíduos para fazer o descarte ambientalmente correto.


Cada cidadão produz, em média, um quilo de resíduo por dia nas grandes cidades brasileiras. Temos vários exemplos de que é possível usufruir do crescimento econômico com sustentabilidade. A campanha "Saco é um Saco",criada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o setor privado, já que tirou cinco bilhões de sacolas plásticas de circulação em menos de dois anos.


Podemos fazer muito mais. Com um pouco de esforço e comprometimento de cada um de nós, podemos tornar o Brasil um exemplo para o mundo, transformando nosso lixo em emprego e renda e evitando a degradação ambiental.